Um programa de vesting é uma forma de estruturar requisitos e planos de carreiras para que colaboradores possam adquirir o direito de compra da participação societária na startup e, assim, tornam-se sócios.

Esse programa permite que os colaboradores estejam cada vez mais engajados e empenhados no crescimento da startup.

Isso porque o bom desempenho dos colaboradores reflete diretamente no sucesso do negócio, e possuindo participação societária, estes serão beneficiados diretamente pelo crescimento da empresa.

Caso faça sentido para a sua startup, elencamos 03 passos fundamentais para estruturar um programa de vesting.

1º Passo: estabelecer os pilares do programa de vesting

Para um programa bem estruturado e definido, é preciso entender em que ele é baseado.

Nesse sentido, deve ser considerado o que é de mais importante para a cultura da sua empresa, bem como definir como serão medidos os resultados.

Aqui estão alguns pilares importantes:

– Crescimento:

Demonstração do desenvolvimento e vontade do colaborador de crescer com  a startup, bem como o empenho do colaborador no desempenho das suas atividades.

– Engajamento:

O programa de vesting estipula um prazo em que  o colaborador deve se dedicar ao projeto antes de receber os benefícios.

– Visão de Longo Prazo:

Os colaboradores serão estimulados a trabalhar em prol da startup no presente, com foco no resultado futuro.

Para estabelecer esses pilares, é preciso entender o que é necessário para que aquele colaborador seja sócio, desde requisitos objetivos até requisitos subjetivos.

Pode ser feito um exercício mental de pensar “quais as características que eu gostaria que meu futuro sócio tivesse?” e assim, listar o que é importante para o desenvolvimento da startup.

Lembrando que o acordo de sócios é um documento fundamental para regular o relacionamento entre sócios, como explicamos neste artigo.

2º Passo: definir o tempo de cliff e período aquisitivo

O cliff é o período em que o colaborador deve permanecer na empresa antes do início do período aquisitivo, para começar  a adquirir a participação societária a que terá direito. 

O cliff é diferente do período aquisitivo, são dois períodos  distintos. Isso porque, durante o cliff, o colaborador não adquire nenhuma  participação societária. 

De fato, é o período  para que o colaborador adquira o direito de receber a participação societária. 

Já o período aquisitivo é o tempo de aquisição do direito de participação societária pelo colaborador, que se inicia após o fim do cliff.

No contrato de vesting, o período aquisitivo pode ser fracionado, assim, a participação societária é adquirida gradativamente.

3º Passo: elaborar o contrato de vesting

O contrato de vesting é o instrumento por meio do qual o colaborador que tem contribuído ativamente para o crescimento da empresa adquire o direito de, futuramente, integrar o quadro societário da empresa como sócio.

A partir da assinatura do contrato com o colaborador, é iniciado o período aquisitivo, assim, com o passar do tempo e atingimento de metas, o colaborador adquire gradualmente o direito à participação societária estabelecida.

Após o fim desse período, o vesting será exercido, o que ocorre quando o colaborador executa seu direito de compra e adquire a participação societária, com assinatura do Acordo de Sócios e alteração no Contrato Social.

Isso somente ocorre após o cumprimento do período aquisitivo e do cumprimento das metas, ou seja, não há alteração societária imediata após a assinatura do contrato de vesting. 

Não é garantido que o colaborador irá se tornar sócio. Ao aderir ao programa de vesting, é importante que o colaborador mantenha seu nível técnico e cumpra com suas metas e tempo de serviço estabelecido.

Precisa de ajuda para estruturar um programa de vesting na sua startup? Entre em contato com nosso time para te ajudar!