Neste artigo, descrevemos o que são e o esperam os investidores-anjos para que você possa conseguir um para a sua startup.

Imagina que você já aqueceu os motores (da sua startup), está fazendo as primeiras vendas… o foguete começou a vibrar e agora precisa de combustível para decolar.

Em outras palavras, esse é o momento que você precisa conseguir um investidor-anjo para a sua startup. Mas como fazer isso?

Vamos explicar como conseguir essa figura mítica para acelerar com você. 

Primeiro, a base.

O que é um investidor-anjo?

Investidor anjo é o indivíduo que investe em empresas inovadoras, novas e escaláveis.

Ele(a) investe mais pelo potencial de execução dos seus fundadores e de crescimento do negócio do que em fundamentos financeiros tradicionais, como retorno calculado no tempo. 

Normalmente, o investimento-anjo é feito em troca de uma participação futura na empresa, onde o dinheiro investido é convertido em quotas sociais, tanto pelo risco como pela facilidade desse modelo, pouco burocrático.

O risco é tão grande que, normalmente, ‘anjos’ não destinam mais do que 10% da sua carteira para essa espécie de “venture”.

Geralmente, investem justamente por terem outros ativos e buscarem uma taxa de retorno mais alta do que as do mercado tradicional. 

Muitas vezes, os primeiros investidores-anjos são encontrados entre a família e os amigos de um empreendedor e a captação de investimento anjo para startups também.

São pessoas físicas que vão ajudar o negócio via CPF, como falamos no mercado; ou via PJ, quando são mais profissionais e investem em várias empresas.

Mas, de onde vem o nome investidor-anjo?

Esse tipo de investimento, que leva muito em consideração o renome, projetos  passados e qualificação dos empreendedores, nasceu nos Estados Unidos no início do século XX. 

Artistas da Broadway precisavam de empresários dispostos a pagar as produções e, somente depois, receber os lucros desses negócios, caso existissem. 

Essas pessoas eram chamadas de ‘anjos’, porque acreditavam no potencial das peças e dos produtores, sem ter garantias reais de que o empreendimento funcionaria. 

O investimento anjo e a captação de investimento-anjo para startups, ainda hoje, pode ser considerado uma espécie de mecenato com foco em ter um resultado financeiro futuro. 

Quando falamos de investidores-anjos mais profissionais, a expectativa média de retorno é de 1 real para 7.

Ou seja, a cada 1 real aportado, o ‘anjo’ espera retirar 7 reais, depois de pagar todos os impostos. 

Esse investimento pode ser de uma vez ou em diversas parcelas realizadas sob condições.

Quando o ‘anjo’ também entrega muito conhecimento sobre a área de atuação da empresa ou pontos específicos do negócio, o investimento realizado por ele é chamado de Smart Money, dado que  entrega não só a grana, mas também Know How. 

O ideal é que a empresa sempre tenha as duas coisas em aliança, por isso dar preferência para ‘anjos’ que entendam dos negócios e da indústria gera um potencial de crescimento maior para a startup.

Mas, afinal, como conseguir um investidor-anjo?

Primeiro, você saber o investidores-anjos esperam/procuram:

• Retorno sólido: os investidores-anjos buscam um retorno maior sobre seu dinheiro do que receberiam na bolsa e em fundos. 

Eles sabem que ter esse retorno vem atrelado a muito risco, mas tudo bem, faz parte do jogo. 

Estimativas mostram que apenas 40% do total investido em investimento anjo no ano de 2017 geraram lucro. 

Ou seja, menos da metade dos investimentos nessa modalidade geraram aos investidores mais dinheiro do que haviam investido, segundo a  Wharton Entrepreneurship e a Angel Capital Association. 

• Algo mais que o retorno: existem três categorias gerais de investidores anjo, são elas: o econômico, o aventureiro e o altruísta. 

Enquanto um investidor-anjo aventureiro é atraído pela emoção de criar algo novo, disruptivo ou divertido, o risco de perder o dinheiro e a vontade de se aventurar, o investidor altruísta se preocupa mais em causar um impacto relevante em determinada questão que lhe preocupa.

Já os ‘anjos’ econômicos, que normalmente são os mais profissionais, tendem a investir em um número maior de empresas,  e assumem papéis ativos nos negócios, compondo o board e cuidando de perto dos investimentos, costumam ter, consequentemente, os melhores retornos.

• Uma equipe capaz de executar coisas grandiosas: no final do dia, o investidor investe nas pessoas, nos fundadores, e não necessariamente na empresa, afinal, sem eles, não há negócio. 

Eles vão esperar capacidade de execução, gestão, liderança e de resolver problemas.

Apesar de nesse primeiro momento não ser possível, os ‘anjos’ vão buscar justamente entender se você vai conseguir, de forma enxuta, substituir os departamentos necessários para ver sua empresa crescer.

Afinal, apesar do investimento, a maioria das empresas investidas não tem capital sobrando, é melhor focar em vender e validar o produto do que contratar um RH. 

• Um plano de negócio F0D@: os investidores-anjos querem ver um plano de negócios convincente, você precisa ter projeções financeiras de onde seus negócios  podem chegar, além de entender como você vai conseguir clientes e como vai se comunicar com eles.

Apesar de ser um negócio pequeno, você precisa ter visão de negócio grande, preparado para crescer rápido e se manter no mercado. 

É claro que a entrega aqui não é um documento de 50 páginas explicando ponto a ponto o que você vai saber, mas algo enxuto que mostre ao investidor que você tem um plano e sabe o que está fazendo. 

• Um negócio pronto para receber investimento: normalmente o investimento-anjo é feito via mútuo conversível, um contrato inovador no direito brasileiro que serve para dar segurança para todas as partes. 

Apesar de ser sem burocracias, essa operação precisa ser feita de forma adequada, fora que o investidor não quer ter dor de cabeça cuidando do jurídico e administrativo do negócio. 

É esperado que o founder já tenha o CNPJ aberto, tenha assinado ao menos um memorando de entendimentos com seus sócios, contratos claros que protegem a empresa no relacionamento com colaboradores e clientes. 

O ideal para o ‘anjo’ é apenas colocar o dinheiro, por isso você já deve abordá-lo com o contrato pronto, que vai ser revisado pela equipe jurídica dele, por óbvio, mas que vai salvar tempo.

Se você precisar disso, a SAFIE pode te ajudar, fale com a gente aqui!

• Um roadmap de investimentos planejados: ao aportar capital em uma startup, os investidores anjo esperam um Exit lucrativo, ou seja, sair do investimento com mais do que aportaram. 

Isso envolve, quase sempre, um roadmap de investimentos planejado. 

É esperado que você capte o investimento-anjo e já saiba como vai buscar um investimento série A, e, assim, sucessivamente.

Dessa forma, o investidor fica mais seguro de investir por ter um planejamento melhor de outros investidores ajudando a bancar o crescimento do negócio. 

• Capacidade de execução: o ‘anjo’ normalmente sabe mais do que o founder em muitos aspectos, tem mais experiência e já passou por situações que os fundadores ainda vão encarar, por isso é importante manter o relacionamento próximo com esse investidor. 

Muitos ‘anjos’ além de poderem ajudar com conselhos querem atuar ativamente na empresa, e isso é bom para todo mundo.

Apesar de a decisão final ser do founder, escutar a experiência nunca é demais. 

Além disso, o investidor pode estar em um momento da carreira em que pode atuar DENTRO da empresa, como um gestor ou diretor. 

Esse compromisso de ajudar ativamente é uma forma de buscar o retorno de forma mais segura, aprender novas habilidades e ainda fazer novas conexões. 

Por fim, não se esqueça que é fundamental que todo o processo de captação de investimentos tenha o suporte de uma assessoria jurídica especializada.

Afinal, será necessário elaborar bons contratos com as cláusulas bem justadas para dar a segurança jurídica necessária da sua startup.

Se tiver dúvidas ou precisar de ajuda na captação de investimentos, fale com o nosso time. A SAFIE já viabilizou mais de 4.5mi em investimentos para startups.